Hoje o projeto de universidade que se apresenta como demanda da esquerda é o de Universidade Popular, e sua construção depende de uma clara consciência de como aplicar esse projeto na realidade concreta.
Tratemos ponto a ponto:
1 - Ensino: Como já levantado, o ensino na universidade hoje vem perdendo seu caráter metodológico, em menor ou maior grau. Não mais serve a formação de pessoas críticas capazes de realizar por conta própria o estudo e análise da realidade. Não mais se formam cientistas. Para a construção da Universidade Popular devemos ter em mente o ensino metodológico. Apenas um ensino de tal modo pode ao mesmo tempo preparar aqueles que o cursam para o mundo do trabalho ao passo que permita uma formação crítica. Sem tal curso metodológico, fica impossível uma inserção crítica no mundo do trabalho e até mesmo impossibilita que os indivíduos formados possam suprir as demandas sociais, uma vez que estas mudam conforme mudem os problemas centrais da comunidade. Para isso é imprescindível que a formação de professores e cientistas seja indissociável.
2 - Pesquisa: A pesquisa na universidade não pode ser pautada, como hoje cada vez mais se torna pela taxa de lucro de alguns indivíduos. A Pesquisa de Base é fundamental para que desenvolva a ciência no país. E mesmo a pesquisa aplicada deve tomar um caráter diferente do que toma hoje. A pesquisa aplicada não pode ser voltada para demandas do mercado, isto é, não deve ser para o que é mais lucrativo. A universidade deve ter como lógica de pesquisa o que se demonstra como demanda popular. São os problemas da população, sejam eles de ordem médica, cultural ou no âmbito do urbanismo, que devem ser solucionados. Deve-se também evitar o puro utilitarismo, isto é, o conhecimento produzido não deve ser pautado apenas pelas suas utilidades imediatas, mas pela demanda popular, e também acadêmica, que pode detectar a necessidade do estudo em determinada área. Nesse sentido, é fundamental que os alunos estejam engajados em tais produções, sempre cientes da produção científica e das demandas populares. Deve-se dizer que a produção de conhecimento é para a universidade popular uma função fundamental a ser garantida.
2 - Pesquisa: A pesquisa na universidade não pode ser pautada, como hoje cada vez mais se torna pela taxa de lucro de alguns indivíduos. A Pesquisa de Base é fundamental para que desenvolva a ciência no país. E mesmo a pesquisa aplicada deve tomar um caráter diferente do que toma hoje. A pesquisa aplicada não pode ser voltada para demandas do mercado, isto é, não deve ser para o que é mais lucrativo. A universidade deve ter como lógica de pesquisa o que se demonstra como demanda popular. São os problemas da população, sejam eles de ordem médica, cultural ou no âmbito do urbanismo, que devem ser solucionados. Deve-se também evitar o puro utilitarismo, isto é, o conhecimento produzido não deve ser pautado apenas pelas suas utilidades imediatas, mas pela demanda popular, e também acadêmica, que pode detectar a necessidade do estudo em determinada área. Nesse sentido, é fundamental que os alunos estejam engajados em tais produções, sempre cientes da produção científica e das demandas populares. Deve-se dizer que a produção de conhecimento é para a universidade popular uma função fundamental a ser garantida.
3 - Extensão: A extensão não é como é tratado hoje, um mero apêndice da universidade. A extensão é um ponto fundamental para o funcionamento de uma Universidade Popular. Não por levar à população o que é produzido na universidade, mas sim o inverso: é justamente na extensão onde, em uma realidade em que os trabalhadores não estão organizados politicamente, a comunidade universitária poderá absorver as demandas populares, para o redirecionamento da produção acadêmica, fechando o ciclo. Não trata a extensão da produção de livros didáticos, mas sim da verdadeira integração entre a construção destes junto a um diálogo com as escolas públicas. Não é apenas a oferta de atendimento médico e garantia do espaço de estudo para futuros médicos, no Hospital Universitário, mas a utilização destes hospitais para o mapeamento de doenças mais comuns e de centrar então na prevenção destas. É na extensão que poderemos avaliar, por exemplo, qual é o meio de produção de energia mais eficaz para a realidade brasileira, levando em conta a organização urbana brasileira, as aplicações de projetos de produção e aproveitamento de energia de cada bairro. Nesse sentido, fica dada a unidade entre ensino-pesquisa- extensão que pautamos: é o curso metodológico voltado para as demandas populares, seja no caráter do ensino, da pesquisa ou extensão. É o desenvolvimento do ser humano pleno científico e consciente, capaz de intervir no mundo do trabalho e na sociedade que este gera, levando em conta não o mercado, mas as necessidades concretas do estado e do país. É a unidade que se realiza no fechamento do ciclo de conhecimento como um conhecimento social.
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